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Alok emociona no Coachella com show que une música eletrônica, arte e reflexão sobre o futuro

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Na estreia de um dos palcos mais disputados do planeta, Alok fez muito mais do que entregar um set potente e visualmente hipnótico no Coachella: ele trouxe um manifesto. Em meio a batidas eletrônicas vibrantes e performances coreografadas de tirar o fôlego, o artista brasileiro aproveitou seu espaço para levantar uma bandeira poderosa — a da valorização da criatividade humana.

Com o palco do Sahara Tent lotado, Alok mostrou por que é um dos nomes mais influentes da música eletrônica no mundo hoje. Mas, mais do que a música, foi a mensagem por trás do espetáculo que arrebatou o público: a tecnologia é uma aliada, sim — mas a arte precisa de alma.

“Precisamos estar conectados neste momento de transformação. A tecnologia nos beneficia, mas há coisas que só a alma humana pode entregar”, declarou o artista em entrevista no festival.

Durante o show, o grupo de street dance Urban Theory deu vida a movimentos quase robóticos com luvas metálicas, enquanto no telão, surgia o aviso: “Isto não é IA (inteligência artificial)”. A provocação foi direta: onde está o limite entre o homem e a máquina? E qual o papel da arte nesse novo mundo?

No momento mais marcante do espetáculo, a frase “Art Needs Soul” apareceu em destaque, como um lembrete poderoso: a arte continua sendo um dos últimos refúgios da humanidade.

A crítica à automação nas artes chamou atenção da mídia internacional. A Reuters elogiou a mistura energética de sons, enquanto a Rolling Stone destacou o engajamento ambiental de Alok. Já o LA Times pontuou seu posicionamento firme sobre os impactos da inteligência artificial no mundo artístico.

Além do discurso, a natureza e os povos originários também tiveram protagonismo no show. Elementos visuais remetiam à floresta e às águas, e referências ao projeto The Future Is Ancestral — iniciativa de Alok que envolve reflorestamento e preservação de línguas indígenas — emocionaram quem estava presente. A ação culminará no lançamento da Coleção Som Nativo, com mais de 100 cantos tradicionais gravados em sete idiomas indígenas e traduzidos para o português, inglês e espanhol.


Alok mostrou que, sim, é possível lotar um palco internacional com beats eletrônicos e ainda assim oferecer profundidade, identidade e propósito. Sua passagem pelo Coachella foi uma prova de que a música eletrônica pode — e deve — provocar, emocionar e transformar.

Mais do que um show, foi um chamado à consciência.

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